quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ainda o amor


Há quem diga que seja invenção, que não exista e seja tudo um conto de fadas, há quem desconfie e no fundo diga que já sentiu. Há quem ache que é tudo uma brincadeira de crianças, mas há quem ache que é tudo coisa séria. Há quem diga que é somente paixão, vem e vai embora. E há quem diga do outro lado que seja eterno, tão inseguro quanto a vida.
Há quem chore,
há quem ria,
há quem sonhe,
há quem jure,
há quem apenas acredite em um sentimento maior, indiferente do seu nome. Acredite que é algo que o diferencia dos demais, que seja o caminho certo, o caminho que levará ao encontro da felicidade.
O amor.
Ainda é o amor o epicentro do nosso coração, que causa tantos tremores em nossas vidas quanto a um abalo sísmico real. É ele ainda que nos faz suspirar por um simples piscar de olhos, ou mesmo sem nos conhecer, cruzar em nossa frente tão lenta como um dia de verão. Ainda é o amor que nos cutuca na hora certa, e vem como as ondas nos acertar em cheio como acertam as pedras a beira mar. Ainda é esse sentimento que nos mostra que existe algo acima de tudo, tão acima quanto as nuvens, tão profundo quanto os mares, tão forte quanto os ventos, tão belo quanto um pôr-do-sol.
Ainda o amor, tão simples e tão sincero, que ainda nos fazem crer naquele sorriso tímido, e naquele abraço apertado, e naquele olhar brilhante, que faz ter sentido o que nós sentimos, e que nos mostram que o amor sempre valerá a pena, se um dia por descuido alguém conseguiu despertá-lo.

(Cássio Almeida)